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COLA NO PAPO

4 perguntas e muitas histórias

Se você é como a gente, que adora saber o que se passa na cabeça dos colagistas, cola na mini entrevista que fizemos com os 14 selecionados para o calendário 2023. Foram 4 perguntas: trajetória, seu futuro na colagem, palavras e artistas que admiram. Adoramos! Agora é com você!! Aproveita para seguir essa galera.

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EDUARDO RECIFE (CAPA)

@eduardorecife_


1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Aos 17 anos (1997), inspirado pela cultura grunge dos anos 90, descobri o coletivo de designers "the Swanky Army". Eles cultivavam uma estética grunge no design, incluindo fontes no estilo dirty/grunge. Foi amor à primeira vista para mim, que era obcecado por grafite e pixação até então. Quando vi o alfabeto digital que transmitia a decadência e decomposição das ruas, imediatamente me identifiquei. Assim comecei a criar minhas próprias fontes e as colagens surgiram como uma maneira de integrar as fontes em um design coerente. Surgiu então uma nova paixão: as colagens e todo o seu universo. A partir daí, foram anos de experimentações manuais, imitando o efeito do tempo e da decomposição orgânica nas colagens, criando manchas, envelhecimento de papel, químicos, tintas, lixas, arranhões, etc.

 

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

 

Acho que hoje a minha visão da colagem é bem diferente daquela época. Hoje não vejo a colagem como um fim, mas um meio de se transmitir uma mensagem. Até então era a estética que me chamava a atenção e muitas vezes os trabalhos eram apenas livres associações de imagens buscando uma estética satisfatória.

Aos poucos essas combinações de imagens foram me guiando e fui percebendo simbologias que muitas vezes eram inicio de uma certa narrativa inconsciente. Então a busca por um sentido se tornou uma obsessão no meu trabalho. Hoje sempre começo com um conceito em mente e vou buscando símbolos e metáforas para expressar uma mensagem. Entendo a colagem como uma certa organização do caos, onde diversos fragmentos recortados, são combinados e ressignificados criando um sentido do que até então era uma caótica pilha de recortes e possibilidades. A colagem me toca justamente por este universo simbólico. É uma maneira potente de transmitir uma mensagem. São como poemas, mitos, sonhos e todo o universo de arquétipos e do inconsciente.

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Símbolos, recorte, significado.

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

São tantos, mas vou citar 3 que me influenciaram muito nos anos 90.

- Charles Wilkin (https://www.charlesscottwilkin.com),

- Eric Boucheron (www.antitext.com)

- THS (www.ths.nu).

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SHIRLEY ESPEJO (JANEIRO)

@_espejismo_

 

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Meus primeiros experimentos com colagem foram durante a adolescência, através das capas de caderno que eu customizava e recebia elogios. Era uma forma de materializar sonhos e mostrar minha identidade desde cedo. Eu como Espejismo surgi em 2020 quando acumulei materiais como livros e revistas sobre turismo durante minha faculdade e tive tempo para explorar por conta do isolamento social. Desenvolvi minha técnica e composição junto com o meu processo de resgate como pessoa indígena e filha de imigrantes bolivianos, sendo a colagem minha forma de dar protagonismo aos corpos indígenas e racializados dentro da arte.

 

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

 

Meu maior objetivo com a colagem (e quiçá com a minha arte no geral) é fazer com que ela seja acessível ao olhar sensível das mais diversas pessoas. Uma vez escutei que a arte deve ser uma ponte e não uma parede com moldura, levo isso como fundamento. Fazer colagens que pessoas de diferentes origens possam ter infinitas leituras é uma forma de retribuir ao mundo toda inspiração e histórias que em algum momento eu já fui presenteada.

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Voz, afeto, utopia.

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Tenho duas amizades que me alimentam com sua arte. São uma fonte de admiração e gostaria de vê-las crescendo com sua técnica e poesia:

- @berenissimarte

- @lana.colagens

 

A Lana foi uma das primeiras colagistas brasileiras que eu conheci através da internet, então considero minha primeira referência para iniciar minhas publicações dentro do instagram. As artes da Lana conversam muito com as minhas e sempre menciono suas obras para outras pessoas que estão começando na colagem. A Berenice tem um dos trabalhos mais sensíveis e diferentes dentro do que eu conheço como colagem, é sempre uma alegria ver suas novas aventuras dentro dessa arte.

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FILOMENA CHIARADIA (FEVEREIRO)

@filomenachiaradia

 

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

A linguagem da colagem apareceu na minha vida em 2020. E surgiu de forma inesperada, na busca de expressão artística para uma narrativa. Precisei muito mais do que palavras para dizer sobre o indizível e sobre o invisível que me cercava. E a colagem me trouxe este lugar. Muito além da função terapêutica que toda arte carrega, a colagem fez do encontro entre imagem e palavra o meu campo de experimentação e expressão. De uma certa forma me dei conta que na minha trajetória como investigadora de artes cênicas, no campo da iconografia teatral, a linguagem da colagem estava presente ao exigir uma pesquisa prévia em variadas fontes, ao se apropriar de ideias alheias que irão corroborar a sua própria, ao necessitar de uma organização que defina nova hipótese de narrativa para temas já pré-existentes. A arte da colagem, múltipla e livre, me traz em gestos concretos e em metáforas, o espaço para viver os diferentes ‘eus’ que me habitam.

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

 

Não creio que queira, conscientemente, chegar a um lugar determinado com a colagem. É a colagem que está me levando para diversos lugares.

E enquanto esses lugares forem o da surpresa, do espanto, do desafio, da descoberta, da aprendizagem, da entrega, da paixão e da emoção, eu seguirei com ela para onde ela me levar. Porque ela me toca exatamente nestes pontos: o desconhecido, o devir, o desvelar. O voo é mais importante.

 

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Caminho, surpresa, amor

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Esta é uma pergunta difícil! São tantos artistas incríveis, no Brasil e no exterior, é um mundo infinito. Toda a escolha será injusta. Mas como tenho que dar dois nomes, vou escolher nomes de artistas mulheres. No Brasil a Sheila Kruger @sheilakruger_ e em Portugal a Helena Rocio Janeiro @helena_rocio_janeiro .

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JÉSSICA LOBO (MARÇO)

@jazzcolagem

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Eu comecei a criar colagens em 2018, estava estabelecida profissionalmente em outra área, mas sentia uma imensa vontade de explorar meu potencial criativo. A colagem já era uma linguagem presente em minha vida, mas foi ao visitar a exposição de uma artista local, da minha cidade, que tive a luz de iniciar minha própria produção artística. Desde então venho vivenciando meus processos, tendo a colagem como minha principal técnica.

 

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

Quero que a colagem continue sendo ferramenta da minha expressão.

Espero ter ainda muito mais oportunidades de expor o meu trabalho, ter trocas com o público e com meus companheiros colagistas e artistas. Em resumo, quero continuar explorando o mundo com os meus recortes.

 

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Intuição, descolamento, expressão.

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Dois perfis que me inspiram muito são o da Marina Fortunato @amarinafortunato e da Maria Ninguém @_apenasmaria

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KARINA WALTER (ABRIL)

@ka_walter

 

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Eu faço colagens desde 2017, ano em que participei de um curso de colagem no Tomie Ohtake, SP.

Não sou fiel a um estilo de colagem, mas a maneira como caso os fragmentos ou teço o papel são movidos pelo mesmo impulso de fusão ou sutura; através da recomposição, viso uma reparação. É como se uma história estivesse “mal” contada e a reescrevesse.

 

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

A colagem é muito livre e, sendo assim, faço também o que o corpo pede e quando pede. Eu falo através da colagem, mentalmente é um processo ativo.

Experimento técnicas novas para entender o que eu poderia conseguir de diferente. Portanto, ela me desafia a dar voz aos trabalhos, para provocar pensamento no outro.

 

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Desobrigação, posição, provocação.

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Recentemente encontrei o Instagram de @elazua, maravilhoso trabalho. Também admiro muito @olga_niki_art, entre outros e outras.

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GUS BOMFIM (MAIO)

@gusbomfimart

 

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Sempre estive envolvido com as artes visuais e a produção de imagens. Entre experiências e algumas formações em diversas técnicas de expressão artística, me encontrei com a colagem, que hoje é base do meu trabalho.

 

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

difícil responder, pois acho que os limites da colagem me parecem infinitos.

Me toca quando remanejo imagens e chego às oportunidades presentes (e ocultas) na colagem, tanto de propósito, quanto ao acaso.

 

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Concepção, imaginação e acessibilidade.

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Grete Stern e Beto Val.

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ANA BERENICE (JUNHO) 

@berenissimarte

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

Minha trajetória nos processos criativos e imersivos na colagem enquanto poética e alternativa para a minha expressividade se evidenciou no início da pandemia, em 2020, quando retornei para Piracema/MG e queria muito ressignificar as coisas que tinha comigo, já que muitas delas já não faziam sentido da maneira como estavam postas: as revistas, as fotografias, os tantos papéis e os muitos pensamentos. Desde aí minha trajetória vem sendo semeada nas experimentações que a própria colagem propicia.

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

Eu gosto de seguir adiante com a colagem e a presencio enquanto fôlego para as tentativas e as experiências do dia a dia.

Estar aqui, por exemplo, representa muito sobre os espaços de ampliação de repertório e possibilidades que a colagem me traz.

Sou atravessada em muitos lugares quando estou vendo as imagens nas revistas, as cortando e recompondo, e muitas vezes, são sensações de muita reflexão em que os processos conscientes e inconscientes estão dançando juntos nas vivências criativas.

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

Acesso, expressão e diversidade.

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas

Elisa Pessôa e Manuela Eichner. Ambas artistas colagistas eu tive a honra e o prazer e fazer oficinas online durante o período da pandemia e me marcaram pelas abordagens acessíveis e diversas de habitar a prática e a poética da colagem.

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MARIANA BAPTISTA (JULHO)

@marianabap_

 

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Faço colagem de forma intuitiva, como brincadeira, desde criança. Sempre fui bastante introspectiva e passava horas recortando e colando, em silêncio, no meu quarto. Já adulta, em minha trajetória na comunicação visual, passei a incorporá-la como recurso em projetos, seja em campanhas ou trabalhos de ilustração, enquanto a mantive como passatempo.

 

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

 

Não tenho uma meta específica, talvez, que minhas mãos me levem a uma expressão cada vez mais livre e intuitiva e que me habitue a explorar mais materiais para além da folha/jornal/revista.

Ainda sou bastante apegada ao equilíbrio e à forma. A colagem como hobby está para mim em um lugar de autocuidado, um canal prazeroso e terapêutico para desaguar minhas emoções, fazer um café, acender um incenso e passar o tempo de uma forma gostosa.

 

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Expressão, descarga, autocuidado.

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Sou muito fã do trabalho da Elisa Pessoa (@elisapessoa_) e da Catarina Bessel (@catarinabessel).

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NAIARA PONTES (AGOSTO)

@naiarapontes

 

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Comecei com a colagem em 2018, com o a apoio da incrível Letícia Miranda, fizemos uma tarde de colagem em casa para relaxar que acabou se tornando o Clube de Colagem de Brasília

 

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

 

A Colagem é um local terapêutico para mim, ela me leva por onde quer. Tem épocas que produzo absurdamente, em outros momentos não consigo fazer nada.

Deixo-me guiar pelo momento presente tentando fazer com que ela não vire uma obrigação, mas um momento de descanso ativo.

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Descanso, terapia e criatividade.

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Rosana Paulino e Letícia Miranda

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FATIMA OLIVEIRA (SETEMBRO)

@fatimaoliveira5511

 

1 - Conte um pouco sobre a sua trajetória de colagem.

 

Minha trajetória com colagem começa no antigo curso ginasial, hoje ensino fundamental, com as aulas de Educação Artística. Ali descobri minha paixão pelo recorte, pela seleção e combinação de imagens. Ao chegar à escola, já havia o meu interesse pelo mundo do papel. Desde que me entendo por gente, me encantam os livros, as revistas, os jornais. Todo e qualquer material impresso absorve a minha atenção. Gosto de ler e escrever. Cursei Letras na UFRJ e ampliei o meu gosto pela leitura e pela literatura. Leitura e escrita também são formas de colagem. Quando lemos, grifamos, destacamos, recortamos do texto o que interessa e, ao escrevermos, citamos juntamos e recompomos os fragmentos da leitura. Assim como as citações, em um texto escrito, os fragmentos de colagens não têm sentido em si, e só ganham sentido através de uma força (cognitiva? poética? criativa?) que os explorem e incorporem em um complexo de coexistências e significados.

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

 

Onde quero chegar com a colagem? No meu caso, a colagem só tem ponto de partida, não tem ponto de chegada. Sinto-a como uma atividade lúdica, poética e artística. Vou citar o poeta mineiro Affonso Ávila (1928-2012) para elaborar o que representa para mim a colagem. É uma “janela indireta/o entrevisto do visto/o imã do imaginado.”.

 

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Pilhagem, fragmentos, subversão.

 

4 - Cite dois artistas de colagem que vc admira e gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Admiro os trabalhos de Maurício Planel e de Fernando Freitas Fuão. Dois colagistas que a par das obras admiráveis, realizam reflexões sobre o processo de colagem. Vale a pena conhecê-los e ouvi-los.

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LETÍCIA COUTO (OUTUBRO)

@lelecouto

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Eu descobri a colagem em um momento em que precisava me descobrir em um novo momento de vida. Estava há poucos meses morando sozinha em uma cidade nova e foi uma forma de me expressar e me encontrar naquele momento.

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

 

Eu quero chegar nas pessoas, levando mensagens positivas, questionamentos, reflexões. A colagem me toca por ser um arte possível para todos.

Tem questões mais técnicas que você vai aprimorando com o tempo, mas independente

disso, é uma forma de expressão muito incrível, acessível e que qualquer pessoa pode experimentar com materiais simples.

 

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Liberdade, possibilidade, expressão.

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Vou escolher duas mulheres: Mariana Valente e Alexia Ferreira.

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JESSYKA ALVES (NOVEMBRO)

@collajezz

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Meu primeiro contato com a colagem foi através de uma disciplina da graduação de Arquitetura e Urbanismo. Criamos um painel de colagens, cujo tema era relacionado ao empoderamento feminino. Foi o trabalho mais divertido e significativo que realizei na graduação, éramos livres para criar e se expressar. É a isso o que a colagem nos submete: a liberdade. A partir de então, não parei de criar e registrar minhas emoções em arte.

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

 

Eu sempre questiono onde a colagem quer me levar. Costumo dizer que colagem é uma espécie de alquimia e, por isso, sempre observo onde a colagem nos leva, o que transforma,

o que cria e como nos direciona ao campo sublime da expressão, da crítica, da fala, e de tudo o que sentimos e necessitamos partilhar com outra pessoa, com o mundo. E essa magia acontece quando esses fragmentos, até um momento descontextualizados, dão vida a esse sentimento, pois conhecem os caminhos das nossas emoções.

 

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Mágica, expressão, liberdade.

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Dois artistas brasileiros que gostaria de compartilhar: o Caio Cesar (@cesars.reis) e a Nathi Beserra (@wabisabicollage).

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MARCELO RAMALHO (DEZEMBRO)

@celezaramalho

 

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Comecei a fazer colagem quando cheguei em São Paulo, em 2006. No princípio eram caderninhos que eu usava para anotar ideias, colar papéis e fazer desenhos. Acho que as coisas mudaram quando vi a exposição do Kurt Schitters na Pinacoteca e senti vontade de experimentar com mais materiais e em outras superfícies. Também teve a exposição do Sesper, na Galeria Rojo, se não me engano em 2008.

E a primeira Feira Plana, que foi das coisas mais incríveis que já vi na vida. Acho que foi ali que rolou uma vontade real de fazer disso uma vivência. Hoje, depois de anos fazendo zines e posters de bandas, estou muito focado em ilustração editorial e animação.

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

 

Não sei onde quero chegar, mas acho que to no meu caminho, no meu ritmo.

 

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Papel, cola, sonho

 

4 - Cite dois artistas de colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Victor Gaspari Canela (@narizcoletivo). 

Lê Almeida (@lealmeida_tnr)

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LUIS GUSTAVO GUIMARÃES (JANEIRO/24)

@luis.gustavoguimaraes

 

1 - Conte um pouco sobre sua trajetória na colagem.

 

Eu vivo o universo da collage desde a adolescência na montagem de clipping com recortes de notícias sobre filmes e arte, na criação de capas de cadernos e artesanatos.

Foi durante o mestrado em educação, na interseção dos estudos com o cinema e a escola, que a Collage começou a ganhar destaque em minha vida e hoje é parte da minha jornada como artista visual e pesquisador acadêmico da Collage.

 

2 - Onde você quer chegar com a colagem? Como ela te toca?

 

Onde:

A transitoriedade é um caminho, não há um porto de chegada, a collage é sempre uma jornada a desvelar paisagens.

A collage é companheira de jornada, é estrada. A estação é a parada para reflexão e provocação que cada collage pode instigar!

 

A collage toca os meus sentidos, ela me convoca a viver fluxos de pensamentos desordenados e angelicais e, ao mesmo tempo, a não aceitar as coisas como verdades absolutas.

 

3 - Diga 3 palavras que representam o que é colagem para você.

 

Ousadia, abertura, provocação.

 

4 - Cite dois artistas da colagem que você admira e que gostaria de compartilhar com outras pessoas.

 

Diego Max, Daniel Ardisson-Araújo

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